Biodiversidade

A palavra biodiversidade significa variedade entre os seres vivos de todas as origens (bio significa vida e diversidade significa variedade). Na Região Amazônica encontra-se grande parte da biodiversidade do planeta, podendo ser dividida como diversidade biológica, genética e ecossistêmica. O bioma Amazônico abriga 2.500 espécies de árvores, o que corresponde a um terço da madeira tropical do planeta. Devido à sua grande extensão, possui diferentes tipos de vegetação, influenciados pelo grau de proximidade com os rios. Eles podem ser divididos em: matas de terra firme, matas de várzea e matas de igapó. As matas de terra firme estão em regiões mais altas e consequentemente não são inundadas pelos rios. Suas árvores possuem grande porte, tais como a Castanheira-do-Brasil. As matas de igapó são compostas por vegetação de pequeno porte e estão em regiões mais baixas, assim são quase sempre inundadas. Como exemplo, temosos os cipós, os musgos e a vitória-régia. As matas de várzea localizam-se entre as duas matas citadas anteriormente e são inundadas somente em períodos de cheia.

A Amazônia possui uma rica biodiversidade animal, sendo que muitas espécies ainda podem encontradas e estudadas. Na região há mamíferos terrestres, tais como onças, tamanduás, esquilos, primatas (coatás, guaribas, barrigudos), assim como os aquáticos, tais como peixes-boi e botos. Há também várias espécies de répteis, tais como os lagartos, jacarés, tartarugas e serpentes. Também existem anfíbios, uma grande diversidade de rãs, sapos e pererecas, e as aves, tais como as araras, os papagaios, vários tipos de periquitos e numerosos tipos de tucanos. Com relação aos peixes encontram-se tambaqui, pirarucu, pacu, matrinchã, piramutaba e apapá. Vale ressaltar que os insetos têm grande importância no equilíbrio deste ecossistema e já se contam 60 mil espécies catalogadas.

Infelizmente, algumas espécies dos animais que habitam a floresta estão em extinção, como: a ararajuba, a arara-azul, o sauim-de-coleira, a onça-pintada, o tamanduá-bandeira, o tatu-canastra , o cachorro-vinagre, a ariranha, o peixe-boi-da-amazônia, o cuxiú-preto e o macaco-aranha-de-testa-branca. Vale ressaltar que a maioria dos casos de animais em risco de extinção se deve ao fato desses animais perderem seu habitat de origem, causados pelo desmatamento.

O ciclo de carbono e as florestas

No planeta Terra, existem vários reservatórios de Carbono (C) em forma do tão conhecido dióxido de Carbono (CO2), como os oceanos e as florestas. Esse gás é fundamental para manutenção da vida: nós, por exemplo, o emitimos o tempo todo, durante a respiração. Ele também é emitido durante as queimadas, decomposição de matéria orgânica, e na queima dos combustíveis fósseis. Os processos fotossintéticos das espécies vegetais funcionam de maneira reversa, quando há disponibilidade de luz, elas retiram o dióxido de carbono, fixam o carbono para crescerem e liberam o oxigênio para a atmosfera. Já durante a noite, quando não há presença de luz, esse processo é de forma contrária e as plantas emitem o CO2 excedente.

O espaço de tempo entre as transferências de reservas de carbono varia muito, podendo ser medido em décadas ou até milênios. Com isso, cria-se um sistema complexo para análise das concentrações de carbono e seus efeitos em longo prazo. A perturbação no seu equilíbrio, portanto, não pode ser analisada em uma pequena escala de tempo.

A Amazônia estoca grande parte de carbono encontrado nas florestas tropicais do mundo, e com o aumento das queimadas e desmatamentos ilegais, esse carbono estocado vai para atmosfera muito rapidamente. Entretanto, devido a grande quantidade de árvores na Amazônia e seu processo de fotossíntese, a floresta apresenta dois comportamentos: ela é grande emissora de carbono para atmosfera, devido a respiração das plantas e alta taxa de decomposição de matéria orgânica; além disso, capturadora de COatmosférico para realização da fotossíntese.

O sequestro de carbono refere-se a processos de captura e armazenamento de CO2 atmosférico, com intenção de minimizar seus impactos no ambiente, já que se trata de um gás de efeito estufa (GEE). Vários estudos apontam que o somatório dessa captura e emissão, na floresta Amazônica é perto de zero, tendo um pequeno saldo a mais como capturadora, reduzindo a concentração dessa substância na atmosfera. Por essa e outras razões que a conservação da floresta é essencial para a diminuição de poluentes na atmosfera terrestre.